Israel admite ter usado fósforo branco em Gaza, embora não de forma criminosa, e anunciou um inquérito. Arma incendiária, o fósforo branco tem sido usado por tropas internacionais como ecrã de fumo em zonas do Afeganistão e do Iraque. Mas é considerado crime de guerra quando aplicado em zonas muito povoadas. A Faixa de Gaza, com um milhão e meio de habitantes, é uma das zonas mais densamente povoadas do mundo.
Na Unidade de Queimados do Hospital Al Shifa, em Gaza, o especialista Aladin Ali diz que várias análises foram enviadas para o estrangeiro e estão à espera de resultados. Até lá, o que adianta é isto: "Encontrámos algumas estranhas queimaduras nesta guerra, que nunca tínhamos visto. Queimaduras em grandes áreas do corpo, 70 por cento, às vezes 100 por cento. Uma queimadura circular, muito profunda, até ao osso, o que significa que estranhas armas foram usadas." Os feridos mais graves morreram logo, mas ainda há centenas de internados nesta unidade.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha confirmou que Israel usou fósforo branco na guerra em Gaza, mas não adianta conclusões sobre se o uso que Israel fez pode ser considerado criminoso. A ONU criticou o uso de fósforo branco em Gaza, e tanto a Amnistia Internacional como a Humans Right Watch estão a investigar.
A.L.C., Gaza
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